Resenhas Tricolores

Nesta página você verá todas as minhas Resenhas sobre o Fluminense Football Club, suas partidas e todo o universo que envolve o maior tricolor do Brasil.

As resenhas são publicadas primeiramente no meu blog no portal NETFLU (http://www.netflu.com.br/).

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


Dois Laterais, Uma “Estréia”, Os Calcanhares e o Meio Gol do 9.

 

Em 2011 continuamos 100%. Ver uma partida do time Tricampeão Brasileiro logo após um jogo do quadro vascaíno chega a ser tortura para a torcida dos cruz-maltinos. Se algum torcedor do time da colina permaneceu no Engenhão, no fim da tarde do dia 27 de Janeiro, deve ter ficado mais deprimido do que a derrota de sua equipe para o Boavista poderia deixar.

O abismo que separa as duas equipes é enorme. Maior ainda é o que separa a equipe tricolor do time macaense. O tricolor brasileiro deve ter passado a quinta marcha em míseros 30 minutos durante toda a partida. Esse tempo foi mais do que suficiente para a construção de mais uma vitória.

Lembro-me de ter escrito na primeira partida do ano que nossos laterais haviam rateado durante o jogo. Pois bem, senhores, hoje, Carlinhos e Mariano carregaram a equipes nos pés. As arrancadas do primeiro durante a primeira metade de jogo garantiram bons lances de ataque, desafogo para a defesa e principalemente o primeiro gol da equipe. A jogada protagonizada por Carlinhos já vem com marca registrada. Toque em velocidade para a esquerda, cortada para o meio, posicionamento do corpo e bomba de direita. Vi, in loco, dois gols exatamente iguais no Brasileiro 2010 (contra Atlético Mineiro e Palmeiras). Aliás, essa característica ofensiva do lateral esquerdo tricolor é um diferencial dentre os profissionais que desempenham a mesma função que ele pelas bandas de cá.

O melhor lateral direito do Brasil parece que entrou em forma já no terceiro jogo da temporada. Impressionante as arrancadas do Mariano. Aos 37 do segundo tempo ele correu todo o gramado do Engenhão como se estivesse nos 100 metros rasos que serão ali corridos em 2016. Folego de Guepardo. Falta ao nobre lateral tricolor o mesmo poder de conclusão que sobra em seu par canhoto.

A certeza é apenas uma: temos a melhor dupla de laterais do país.

O estreante do dia não foi Edinho, tampouco Diego Cavalieri (visivelmente fora de ritmo que falhou no gol do Macaé). O nome dele é Souza. Sim, porque o jogo passado, quando foi expulso com pouco mais de 30 minutos de partida, não conta. Hoje, Souza confirmou as apostas de todos que acompanharam a pré-temproada do Fluminense. Chegou para ser titular e jogar muito. Deu passes, desarmou, correu por todos os lados do campo e fez dois gols. Um, em uma jogada de oportunismo, após linda assistência de Carlinhos. O outro numa cobrança de falta pra lá de bem batida. Excelente aquisição tricolor para 2011.

E os calcanhares? Os do Fred, é claro. Foram mais três ou quatro toques desconcertantes que insistem em deixar seus companheiros na cara do gol. São os calcanhares do Fred versão 2011! O artilheiro está jogando muito! O que é um penalti perdido diante da linda jogada que ele construiu aos 27 minutos do primeiro tempo? Cruzamento do Mariano, Fred na bica da pequena área. Mata no peito e, ato contínuo, solta uma bicicleta na pelota, que lindamente explode na trave. Nunca um “uhllll” foi tão uníssono no Engenhão. Merecia entrar. Pra mim, é como se a jogada por si só valesse meio gol. Assim, o placar final ideal para o jogo de hoje seria Flu 3 e ½ Macaé 1.

Não pensem em saldo de gols. Temos mais time que todos os outros. É visível que a equipe joga com o freio de mão puxado a maior parte do tempo. E tem que ser assim. Temos um objetivo em 2011. E ele é LIBERTADOR!

 


 

domingo, 23 de janeiro de 2011


Quando 9 mais 10 é igual a GOLEADA

 

A segunda partida do nosso tricolor tem alguns pontos dignos de nota. O primeiro deles é um alento para todos nós. Nossa maior esperança de gols na temporada parece que vai engrenar. Fred jogou uma partida exuberante. A simplicidade com que o camisa 9 desfilou em campo nos fez lembrar aqueles craques que não se fazem mais no futebol. Poucos toques, sempre objetivos. O primeiro deles, um calcanhar primoroso para que Marquinho fizesse seu primeiro gol no jogo. Nosso artilheiro capitão ainda daria mais dois passes de calcanhar, um para Carlinhos e outro para Rodriguinho, porém ambos não foram felizes nas conclusões.

Mas, dar assistências não é o ofício de um atacante. Na arte de fazer gols nosso 9 também é mestre. O primeiro gol, num passe lindo do luso-brasileiro Deco (que saiu aos 30 minutos com dores na coxa direita), foi concluído num chute seco, ao lado esquerdo do arqueiro adversário. O segundo foi finalizado com uma bela cabeçada (outro talento da fera tricolor). Abra-se aspas para o cruzamento do lateral Mariano: “sensacional”. Aliás, Mariano e Carlinhos jogaram melhor do que na primeira partida. Sinais de evolução devem sempre ser enaltecidos em início de temporada. Basta, ao craque número 9, entender e sentir o momento: ele é fundamental para os projetos tricolores e para a felicidade na nação pó-de-arroz.

O outro número da nossa pequena continha se soma ao 9 e já aparece como um dos destaques deste início de temporada. Tartá é o menino de 21 anos que envergou, hoje, a Dez tricolor. Partidão. Ele não é aquele meia clássico de toque refinado, mas compensa com muita velocidade e dribles e faz andar o meio campo do Fluminense. Hoje, vimos nosso serelepe careca marcando, atacando, driblando, dando assistências para gol, como aquela que colocou Rodriguinho na cara do Gol e decretou o quarto quinto gol tricolor (minutos antes o Rodrigo “exterminador de urubus” havia marcado de cabeça após a cobrança de um escanteio) e cavando faltas perto da área (uma delas originou o último gol da romântica goleada, numa cobrança de falta cobrada com precisão ímpar pelo esforçado Marquinho). Tartá dificilmente será titular da equipe quando o filé mignon estiver pronto para ser comido, mas é uma excelente opção para o elenco. Manter o garoto motivado é uma das tarefas do nosso treinador multi campeão.

Nota de preocupação para nossa zaga. O miolo e as laterais. O primeiro gol do Olaria teve lá seus méritos, mas todo o sistema defensivo observou a jogada como se estivesse vendo um filme de três horas no cinema: sonolência pura. O pênalti duvidoso “cometido” pelo atabalhoado Valencia também indicou uma falha no posicionamento. O que fazia Valencia, sozinho, marcando quase dentro da pequena área? Onde estariam L.Euzebio e Carlinhos? Coloco essas falhas na conta do início de temporada. A falta de ritmo sempre fica mas latente em quem tem menos talento. É o caso do nosso miolo de zaga.

A pré-temporada chamada Campeonato Carioca continua. Oito mil abnegados guerreiros, imbuídos de muito amor, enfrentaram o calor desértico que fez no Rio de Janeiro nesta tarde de domingo e marcharam até o Engenho de Dentro para empurrar, cobrar e gritar gol seis prazerosas vezes. O calcanhar de Dom Fredom valeu o ingresso. A torcida permanece sendo fundamental e Muricy nos deixa a certeza que o time caminha certinho rumo ao triunfo LIBERTADOR!

 

 


 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Antes de cornetar, pense!

 

Que saudade! De norte a sul do país era este o sentimento que tomava conta de cada tricolor minutos antes do apito inicial na partida de estreia no Campeonato Carioca, contra o Bangu.

Saudade dos nossos ídolos tricampeões, do nosso técnico docemente mau-humorado, dos amigos que dividem conosco cada canto na arquibancada. Saudade do gol!

Mas, estamos em início de temporada. E, realmente, é tudo diferente. A começar pelo campeonato. Somos os donos do Brasil e só de pensar que temos que encarar Bangus, Madureiras, Caxias, Macaés, Resendes, Vascos e Botafogos (ehehehehe) dá um desânimo. Com todo respeito a esses "grandes" clubes cariocas.

Então, é admirável que nossos bravos tricampeões do campo e das arquibancadas encontrem motivação pela disputa. Além disso, logo ali em Fevereiro começa aquela que vamos amarrar no laço esse ano, a Libertadores!

Somado a isso tudo temos o inefável argumento do início de temporada. E é isso mesmo. Já fui atleta. E sempre que recomeçávamos os treinamentos recebiamos uma grande quantidade de circuitos. Depois tinha treino com bola. Era impressionante. Sentiamos cada perna com uns 30 kg. Era um time inteiro de Roberto Carlos.

Pois bem, diante de tudo isso se a sua corneta permaneceu fazendo "fómmmmmm" temo, seriamente, pela sua sanidade durante 2011. A Libertadores será muito difícil e nossa equipe vitoriosa precisará mais do que nunca do nosso canto.

No jogo desta quinta-feira vimos um Fred em melhores condições do que em todo ano passado. Nossos laterais reservas entraram no segundo tempo e melhoraram o time, o que mostra a força do elenco (os corneteiros dirão que é má escalação), Souza vinha bem, até cometer uma insanidade seguida de outra e ser justamente expulso pelo soprador de apito, Deco ainda não chegou do exterior, Berna continua em ótima forma, o que já é um senhor alento: ano passado não tinhamos goleiro, hoje temos dois disputando posição e, pasmem, nivelados por cima. Diguinho errou alguns passes, mas deu o ritmo no meio de campo e Tartá, entre erros e acertos, fez a jogada do gol (a cabeçada de Fred, diga-se de passagem, foi de craque). O time correu o suficiente. E a equipe banguense parece que fará um campeonato digno. Está de bom tamanho pro time de coração do presidente da FERJ.

Bem, pessoal, apertem os cintos porque o ano promete. E o final agora todo mundo conhece: é faixa no peito e taça na mão! Com dilúvio ou sem dilúvio!

Vem que vem 2000 e Conca (saudadesssss)!

 

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010


Uma Retrospectiva em Três Cores

Chegamos ao ponto culminante do ano de 2010!

Para nós, tricolores de todo o Brasil, nada poderia ser melhor do que o ano que está indo.
Se você é uma das pessoas que sofreu com algum drama pessoal, certamente teve o ano "salvo" pelo mais Amado do Brasil. Se você teve alegria na vida pessoal obviamente se tornou a pessoa mais feliz do Mundo com o desfecho que 2010 preparou.

Mas, nem sempre foi assim. No início do ano, vivemos momentos de descrédito, depressão e aquele sentimento de que iriamos repetir momentos já vividos, uma vez que estavam lá os mesmos erros de sempre. É por isso que a ideia é relembrarmos um passado não tão distante. Vamos curtir, através da minha memória, alguns lances e momentos de 2010. Deixo logo o aviso. Sou seletiva e sofro de amnésia (desde que comecei a beber algumas cervejas por aí), logo não serão todos os fatos por mim lembrados. Dessa forma, faço o convite: caso ocorra algum esquecimento imperdoável fiquem à vontade para interferir!

Em Janeiro a equipe tricolor começou seus treinamentos em Vitória no Espírito Santo. Um elenco inchado de 36 jogadores esperava o técnico Cuca. Alguns acordos foram fechados para a saída de atletas que não iriam fazer parte dos planos do treinador. Luis Alberto, Ruy, João Paulo, Fabinho, Leandro Amaral, Roni, Tartá (que depois voltaria e seria FUNDAMENTAL em duas partidas) etc. A lista era grande. A fuga da degola deixou marcas e fez vítimas (nem tão vítimas assim). Janeiro chegou e com ele o inefável Campeonato Carioca. Antes charmoso, hoje um verdadeiro saco. Fizemos 5 jogos em Janeiro. Vencemos 4. Todos sem importância alguma. Perdemos o mais importante. Contra o time dos remadores que vestem vermelho e preto. Foi um 5 a 3 dolorido. Jogamos um futebol de encher os olhos no primeiro tempo. 3 a 1. Fomos irreconhecíveis no segundo.

Fevereiro chegou. Um inacreditável empate com o Confiança em 1 a 1 pela Copa do Brasil e a primeira grande decepção. Em pleno Carnaval, jogamos contra o Vasco. Jogo duro. Pegado. Ouvi pelo rádio. Fomos aos penaltis. Alan, nossa jovem promessa sacrificada para a Austria, perdeu o seu. Perdemos a disputa. Derramei minhas primeiras lágrimas. Parte do meu carnaval já estava comprometida por um mau humor crônico. Paciência.

No mês de Março avançamos mais uma fase na Copa do Brasil. Fomos vitoriosos nos confrontos contra o possante Uberaba. Ganhamos um clássico contra o Botafogo, jogo em que o Fred marcou um golaço de voleio. Perdemos para o Vasco por 3 a 0 e ficamos em segundo lugar no nosso grupo da Taça Rio.

Abril nos reservou a segunda grande decepção do ano: fomos novamente eliminados do Campeonato Carioca. Desta vez, perdemos a semi-final da Taça Rio. 3 a 2 para o Botafogo, num jogo pra lá de controvertido. O terceiro gol do time alvinegro tinha Herrera em claro impedimento fazendo o corta luz no chute desferido pelo CAI-CAI-O. Em Abril vencemos os confrontos conta a Portuguesa de Desportos e avançamos na Copa do Brasil. Cuca foi demitido pelo telefone. E, por fim, tivemos a chegada do maior conquistador de títulos do Campeonato Brasileiro de pontos corridos: Muricy Ramalho. Nossa sorte foi lançada em Abril!

Maio nos reservou a eliminação da Copa do Brasil. A equipe do Grêmio então se desenhava como uma das postulantes aos títulos nacionais. Foram dois jogos e duas derrotas. Muricy já era nosso técnico, mas o seu destino não era ser campeão deste torneio mata-mata. O destaque absoluto do mês foi o início do Campeonato Brasileiro. Começamos com um resultado ruim. Uma derrota pelo placar mínimo para o Ceará. Num gol de penalti, extremamente polêmico. Começava aí um suplício tricolor com as arbitragens. Foram 5 jogos pelo Brasileirão. O mês de maio terminava com o saldo de 3 vitórias e 2 derrotas. A principal partida, sem dúvida, uma vitória sobre o Flamengo: 2 a 1. Gols do carrasco Rodriguinho e de Darío Conca, numa patada da entrada da área do clube de remo.

Em Junho jogamos duas vezes. Duas vitórias. A principal delas contra o Avaí em Santa Catarina. Um partidão da equipe e um 3 a 0 com gols de L.Euzébio, Fred e Alan. Começávamos a mostrar a cara para o Brasil e botar banca como candidato real ao título nacional. De Buenos Aires comemorei muito a vitória. Junho foi embora e com ele o fracasso canarinho na Copa. Fracasso que seria ponto de partida para o principal momento do Fluminense fora das quatro linhas em décadas.

Em Julho vencemos 3 jogos e empatamos 2. A vitória sobre o Santos foi, dentro de campo, o grande momento da equipe. A certeza que faltava para muitos. Enfim, jogando de igual para igual com o time dos "Meninos da Vila" completo, fizemos uma partida taticamente perfeita coroada com um golaço de Alan, num lançamento à la Gérson de Mariano. Fora das quatro-linhas acordamos líderes do Campeonato Brasileiro no dia 23 de Julho e, ao invés de comemorarmos, passamos horas e horas de tensão por causa da reunião do nosso técnico Muricy Ramalho com o presidente da CBF Ricardo Teixeira. Seria castigo demais. Líderes e prestes a perder o grande responsável pela boa fase da equipe. Mas, estava ecrito. Neste dia começamos a escrever o título nacional de 2010. Numa sinergia poucas vezes vista nas Laranjeiras dos últimos anos, fincamos o pé tricolor e Muricy disse que ficaria. Tricolores felizes! Passos firmes em direção ao título.

No mês de Agosto nada de desgosto! Vencemos, novamente, 3 jogos e empatamos 2. As grandes vitórias foram sobre o Grêmio, em pleno Estádio Olímpico, fato que precipitou a demissão do técnico Silas da equipe de três cores de Porto Alegre. E na semana seguinte sobre o Inter-RS, em um Maracanã lotado. 3 a 0 e outro show de Darío Conca. Nesse momento ele já escrevia sua história de maior jogador do campeonato com todas as tintas possíveis.

A chegada de Setembro trouxe uma maratona de partidas. Momento especialmente sensível do campeonato. Foi nossa pior campanha dentre os meses de competição. 2 empates, 3 derrotas e 4 vitórias. Derrotas sofridas, que levaram a um desânimo profundo como a que sofremos para o Corinthians, em pleno Estádio João Havelange. Derrota para o Guarani, jogo que contou com uma imensa torcida tricolor lá em Campinas. Empate sofrido contra o arquirival Flamengo que, nesse momento, despencava na tabela da competição. Mas, tivemos vitórias importantes. A maior delas contra o Vitória em Salvador. Jogo difícil, sempre! Estávamos extremamente desfalcados e mesmo assim arrancamos um suado 2 a 1. Conca, uma vez mais, arrasador. Fez um e deu o passe para o gol de Rodriguinho, um talismã quando os adversários jogam de vermelho e preto. Nossa maior goleada na competição contra o Atlético Mineiro também foi nesse mês. O 5 a 1 diante de POUQUISSÍMOS TRICOLORES, no João Havelange, derrubou Vanderlei Luxemburgo (o Profexô). Ainda venceríamos o Avaí, num jogo duríssimo no Estádio da Cidadania em Volta Redonda. Os tricolores se despencaram para lá e viram brilhar, uma vez mais, a estrela do Argentino Mais Amado de Todos os Tempos! Darío Conca nos deu a vitória.

Já viram Caçada ao Outubro Vermelho? Um filmáço com o Sean Connery. Pois é, nosso mês de Outubro foi VERMELHO: 3 empates, 2 derrotas e 1 vitória. Perdemos aquela partida surreal para o Santos. Três gols do Zé Eduardo, com toda aquela marra. Tivemos que aturar. Fazia parte do caminho. Rafael começava a perder a condição de titular. No meio do mês Ricardo Berna foi alçado à condição de dono da Camisa 1 para não mais sair. A única vitória do time foi na útlima partida. 2 a 0 contra o Grêmio, equipe que teve a melhor campanha do segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2010. A Partida de Darío Conca! Dois gols. O primeiro num momento crucial do jogo. Um petardo de fora da área. O segundo recebendo um "passe" de Washington. Me apaixonei definitivamente pelo Darío, o 11 eterno do Flu, nesse dia. Ao marcar o segundo gol apontou para Washington que já sofria com o jejum de tentos. Atitude de PURA E GENUÍNA LIDERANÇA.

"Isso vai ajudar o Fluminense a ser Campeão? Então não me interessa!". Novembro começa com a frase de Ricardo Berna ao final da maior partida de sua carreira, contra o Inter-RS lá em Porto Alegre. Empate sem gols, graças ao inspirado goleiro tricolor. 2 empates e 3 vitórias. Esse foi o saldo de Novembro. Vivemos o suplício de perder a liderança no empate tenebroso contra o Góias, em casa. E fomos aos céus na Barueri tricolor, quando no dia 21 vencemos o São Paulo e o time do Corinthians rateou no empate contra o Vitória no Barradão. Éramos, então, líderes para sempre!

Em Dezembro, chegamos aos céus! Bebemos da água que os fundadores do nosso Clube estavam mais do que acostumados. Nos banhamos do título no dilúvio comemorativo que os Deuses nos mandaram após Carlos Eugênio Simon encerrar sua carreira e o campeonato, aos 47 minutos do segundo tempo do dia 5 de Dezembro de 2010. Carlinhos, Washington, Emerson, todos observados por Conca, óbvio (rs), protagonizaram o lance que estará SEMPRE VIVO na nossa memória!

2010 é FINITO, tricolores! O título de Campeão do Brasil de 2010 jamais será!

Feliz 2000 e Conca para todos vocês!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Embriagados de amor


(em.bri:a.ga.do)
Sentido Figurado - Que se encantou; EXTASIADO
Durante os 93 minutos de bola rolando procurei uma palavra que definisse o sentimento que nos envolveu do final de 2009 até os dias de hoje. Encontrei a tradução perfeita: EMBRIAGADOS.
Estamos desde a Campanha do Impossível – quando esse título de 2010 efetivamente começou a ser escrito – embriagados de amor pelo Fluminense.
O dia 05 de Dezembro de 2010 ficará para sempre na memória de milhões de tricolores. O Estádio João Havelange jamais havia visto uma festa como a que foi preparada pela torcida mais apaixonada que já existiu.
Certa vez o Nosso Profeta Nelson Rodrigues disse: “Ser tricolor não é uma questão de gosto ou opção, mas um acontecimento de fundo metafísico, um arranjo cósmico ao qual não se pode – e nem se deseja – fugir”. E foi assim, certos do destino que não escolhemos e que nos tomou no momento em que nascemos é que fomos armados de amor e paixão assistir ao jogo da consagração do Time de Guerreiros.
A partida revelou o nome do mais novo ídolo da galeria de heróis tricolores: Dario Leonardo Conca. Pequeno em tamanho, ENORME EM TALENTO, humildade e sabedoria. Homem argentino, você está nomeado oficialmente NOVO ÍDOLO DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB. Você está ETERNIZADO! Caráter reto, a serviço do tricolor!
Domingo ganhamos de presente a cristalização da paixão de outro herói pelo nosso clube. Muricy Ramalho. Ficou emocionado, chorou, cobrou e disse que não descansará enquanto não estruturar o clube. Tenho certeza que ficaremos marcados na história do Muricy. Daremos a ele o primeiro título da Libertadores. Se há um clube que pode fazer isso, este clube é o Fluminense.
Em 1970, ano do nosso primeiro campeonato nacional, o Brasil vivia a consolidação do “jeito brasileiro de jogar”. Apresentamos ao Mundo o melhor futebol de todos os tempos. Em 1984, ano do nosso bicampeonato nacional, vivíamos a iminência da Democracia Plena com a campanha das Diretas Já. Agora, em 2010, o Rio de Janeiro vive seu maior momento, parece que a paz chegou. Sempre, vou repetir, sempre naqueles momentos mais lindos da história o Campeão é o Tricolor. O único tricolor! Você acha que é coincidência? Você tem dúvidas, ainda, de que nossa grandeza é incomparável e incomensurável? Eu nunca tive dúvidas.
A Campanha do Impossível transformou angústia em alívio. Muricy chegou, transformou guerreiros em ídolos e nos deu o Caneco de 2010!
Pode colocar a faixa, pode gritar, pode bater no peito e repetir: somos TRI! Temos o melhor time do Brasil!
Parafraseando, mais uma vez, o grande Nelson: A humildade acaba aqui!
Tratemos da Libertadores 2011!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

As Horas


É oficial! Não existe mais um tricolor na face da Terra, de outras galáxias ou até mesmo dos outros mundos não tangíveis que consiga conter a estratosférica ansiedade.
Ninguém mais consegue esconder. Comissão técnica, jogadores, dirigentes, torcedores famosos e anônimos, fiéis e de festa. TODOS nós estamos à beira de um colapso. Fosse qualquer outro clube muitos já estariam com a faixa no peito, mas somos do Fluminense o campeão das decisões cardíacas. É jogo importante? Então, sabemos que iremos precisar até dos acréscimos para conseguir alguma coisa. Não sendo dessa forma, não é o Fluminense.

Quantas vitórias em Fla-Flus foram no último suspiro? A inesquecível barriga de Renato Gaúcho, a cabeçada de Washington contra o São Paulo, os gols de Assis, conseguimos até a proeza de definir um Estadual contra o possante Volta Redonda aos 44 do segundo tempo.

Dito isto, sabemos que além das horas de esperar até o apito inicial teremos mais 90 minutos e acréscimos do momento do jogo. Encarem a partida com o espírito tricolor de disputar finais. Confiança e esperança. Até o último suspiro estaremos vivos.
Não há receita de bolo para conter a emoção de 26 anos de espera. Venho, desde o início da jornada brasileira de 2010, repetindo uma frase: "estou curtindo muito cada momento". Esta noite busquei o espírito da curtição e decidi viver com alegria e empolgação cada hora da pré-decisão. Acho que foi uma escolha acertada. Pelas ruas da cidade, nas mesas dos bares, nos churrascos e festas de família irei desfilar meu orgulho tricolor. Vou desfrutar cada notícia, cada letra impressa nos jornais, cada discurso proferido pelos desesperados jornalistas e por aqueles que estão vibrando na sua heróica imparcialidade (são poucos).

Não quero tomar nada que me tire da doce realidade que vivemos durante todo esse ano.
Merecemos cada hora desta santa ansiedade!

Segurem suas armas, a batalha está prestes a começar!Vou beber esses goles de felicidade e brindar, com vocês e ao Fluminense.

Saudações Tricolores!


OBS: Estive na fila durante 23 horas no segundo episódio da Farra dos Ingressos. Recomendo a leitura do texto da Fernanda Greco que o amigo Luiz Carlos Máximo reproduziu no Blog da Redação.

Além dele, leiam também a matéria do globoesporte.com sobre a farra dos ingressos em Niterói. Presenciei cada trecho descrito na reportagem. Não podemos nos calar, mesmo num momento de felicidade como este.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010


Não me acordem desse sonho

 

Tricolíderes!

O dia de ontem foi INESQUECÍVEL!

Por diferentes motivos tivemos a quase certeza de que todos: nós, jogadores, comissão técnica e Deuses do Futebol querem e merecem o título brasileiro de 2010.

Fui assistir in loco ao dia que poderia ser de tristeza absoluta ou alegria imensa. Quis a História, que 21 de Novembro de 2010 fosse o início do SONHO! É verdade que começamos a sonhar desde a Campanha do Impossível, ano passado. Mas, agora, é chegada a hora! Nos aproximamos daquele clímax!

Em Barueri o clima estava maravilhoso. Tricolores se espalhavam pelas ruas. Em certo momento pudemos ouvir de alguns "locais" - "Orra meu, parece jogo na casa do Fluminense". Amigos se reconheceram, outros foram apresentados e a festa estava pronta para começar.

Bola rolando e a angústia era duplicada. Em certos momentos, não sabíamos se víamos o jogo ou ouvíamos a rádio paulista para secar o Corinthians. O Fluminense entrou com ímpeto. Diguinho, Mariano e Conca eram os melhores. Nós, nervosíssimos. Nosso ponto fraco era Carlinhos. Pelo lado dele o sonolento São Paulo conseguiu chegar algumas vezes.

Os gols foram saindo e em nenhum momento sentimos que o jogo estava ameaçado. Deco fez bons passes e lançamentos no segundo tempo, quando a equipe do São Paulo já estava desfalcada pelas expulsões. Nesse momento, o luso-brasileiro sofre muito com o aspecto físico. Se ele quiser ser um atleta novamente será MUITO IMPORTANTE na campanha da Libertadores de 2011!

Após a consolidada vitória sobre os são-paulinos só tínhamos ouvidos para o jogo de Salvador. Em que pese os dois lances em que o Vitória foi prejudicado (impedimento mal marcado em cima de Junior "Diabo Loiro" e pênalti à La Ronaldo em cima de Adailton), o resultado mínimo que precisávamos aconteceu! EMPATE SANTO! LIDERANÇA ASSEGURADA!

O titulo está nas mãos e pés desses atletas que saíram do lixo ao luxo! Precisamos jogar duas finais, com a faca nos dentes, com sede, com fome!

MERECEMOS! PELO BEM DO FUTEBOL, PELOS NOSSOS CORAÇÕES, PELO AMOR IMORTAL AO MAIOR CLUBE DE FUTEBOL DE TODOS OS TEMPOS!

Sem medo de ser feliz!

Saudações Tricolores!

 

 


segunda-feira, 8 de novembro de 2010


A estrela de Muricy

 

Na reta decisiva do Campeonato Brasileiro de 2010 fomos premiados com algo que não viamos fazia um bom tempo: uma vitória sobre nosso rival bacalhau da cruz de malta. E que vitória!!! Não bastasse toda a carga emocional de um clássico que não venciamos há 2 anos, o bônus de ser uma partida onde triunfar era a única alternativa.

Nós, tricolores, estamos amargurados, temerosos de que o time repita, em 2010, a mesma reta final de outra equipe comandada por Muricy Ramalho - o Palmeiras de 2009. Ouso dizer que isso não mais acontecerá. A vitória tricolor decretou, de uma só vez, duas sentenças: não seremos mais o Palmeiras do ano passado, tampouco o Botafogo será o Flamengo versão 2010.

No atual campeonato, brilha novamente a estrela de Muricy. Porque quando não esperávamos mais conseguir um título tendo um goleiro ao menos regular, eis que surge Ricardo Berna. Observado e escalado pelo nosso técnico. E que hoje foi calmo e objetivo em todas as suas intervenções. Além, é claro, de ter contado com uma INQUESTIONÁVEL ajuda da sorte.

Esta mesma que, aparentemente, havia abandonado nossos goleiros. A bola na trave, chutada pelo atacante vascaíno, foi deliciosamente defendida com o olhar de Berna, Gravatinha, milhares de tricolores in loco e outros milhões Brasil afora. No último lance do jogo, Berna, corajosamente, saiu com todo o ímpeto de sua boa fase, dividiu a bola no ar com o atacante Nunes e impediu o que poderia ser a cabeçada fatal.

Estrela de Muricy que brilhou ao retirar do limbo o atacante Tartá. O controverso jogador, revelado nas divisões de base do clube, já havia nos salvado ao cavar um penalti na partida contra o Atlético Paranaense. Hoje, aos 3 santos minutos de jogo, após uma boa jogada de Washington que culminou num chute espalmado por Fernando Prass, Tartá deu um carrinho para a glória. Com tão pouco tempo o placar estava definido. Apenas esqueceram de avisar isso aos nossos corações. Hoje Gravatinha deu plantão no gramado do Engenhão. Ninguém mais poderia vencer a não ser o Fluminense.

Brilha intensamente a estrela de Muricy ao transformar em pegada e raça todo o ardor dos treinamentos e intermináveis repetições. Em campo, a personificação do suor e trabalho que estão estampados na cara do treinador tricolor estiveram presentes na figura do colombiano Valencia. De longe, sua melhor partida pelo nosso amado clube. Cada vez que a divida era com ele eu já me antecipava para ver quem estaria em condições de receber a bola, pois tinha certeza de que ela voltaria para nosso domínio. Incansável!

O Fluminense reafirmou sua condição de líder por mais um semana. Agora é também o clube que ostenta a melhor defesa da competição (já são três jogos seguidos sem sofrer gols). Hoje, o rosto do técnico e dos seus seguidores se confundem. O Fluminense joga sob a batuta do tri-campeão brasileiro. O time está nas suas mãos. Nossos corações também!

Seguimos firmes. O horizonte já aponta um painel em três cores!
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A expectativa continua: será domingo que vem a primeira vez que Muricy conseguirá usar seu quarteto de craques? Ao menos Fred voltará?
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Para se preocupar: Conca está com dois cartões amarelos. Deve ser feito um trabalho com o Argentino para que ele não faça faltas bobas, tampouco se irrite com as faltas que sofrer. Sem Conca não dá!
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Domingo que vem não pode sobrar ingresso!

 


quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Empate de Campeão

 

‘Ficou de bom tamanho’, com a curta frase Muricy Ramalho, o mister Campeonato Brasileiro, definiu o resultado do jogo de ontem entre Fluminense e Internacional de Porto Alegre.

Se podemos nos lamentar de uma coisa foi o fato de termos pego um dos melhores times do país, ainda acreditando no título. Situação que os próximos adversários do Inter não terão pela frente. Para a equipe de Celso Roth parece que o campeonato deste ano foi pro brejo. Continuam na longa fila esperando pelo título. Fila encabeçada pelo Atletico-MG.

Se podemos nos alegrar, e podemos, dou vários motivos. O primeiro deles é a confirmação do bom momento vivido por Ricardo Berna. Desde o jogo de reestréia, contra o Botafogo, que o goleiro tricolor mostra segurança e determinação em cada lance. Berna não é um gênio debaixo das traves, mas vem jogando com uma concentração rara no meio futebolístico (composto, em sua maioria, por jogadores talentosos e displicentes). Ontem contou com a sorte em alguns lances e com muito reflexo e bom posicionamento (fruto de muita concentração) em outros dois: um tiro à queima roupa desferido por Alecsandro e uma falta cobrada por Andrézinho. Sim, tricolores! Um goleiro nosso defendeu uma falta bem batida em 2010!

Berna está tão inspirado que foi responsável por mais um momento antológico da noite: ao ser perguntado pelo repórter Victorino Chermont, do canal Sportv, se estava atormentado com o fato do Fluminense buscar um goleiro para o próximo ano ele se saiu com a seguinte resposta: "Vai ajudar o Fluminense a ser campeão? Então não me interessa". Para uma pergunta sem propósito, logo após uma exibição de gala, veio uma resposta, no mínimo, super inteligente.

O segundo ponto positivo vai para a nossa defesa. Se no jogo contra o Santos vaticinamos que o miolo de zaga tricolor estava em decadência podemos, agora, dizer que a curva reverteu. Desde aquela partida, contra o clube da praia de areia escura, tomamos apenas 3 gols. Foram 5 jogos e 3 gols sofridos. A retomada da firmeza do nosso sistema defensivo mostra que o Muricy de 2010 não é igual ao do ano passado. Naquela época, a zaga do Palmeiras (então time do nosso novo Telê) estava em franca decadência, tendo tomado, inclusive, três gols de um Sport Recife já rebaixado. Com as últimas atuações retomamos o título de Melhor Defesa da competição até aqui. Juntamente com Palmeiras e Ceará. Foram 33 gols sofridos em 33 jogos. Os números são o reflexo do que ocorre em campo e o quê vimos nos jogos contra o Alt-Pr, Grêmio e Inter foi uma equipe aplicadíssima taticamente. A pegada, definitivamente, voltou!

Outro ponto super positivo: pela segunda vez no campeonato empatamos, e com este empate assumimos a liderança isolada. São resultados assim que fazem qualquer tricolor, por mais agnóstico, cético ou pragmático que seja acreditar no título. Empatar e assumir a liderança é sinal de boa tabela, frieza e maturidade. É óbvio que o time mediu cada ataque e cada situação no jogo de hoje. Eles sabiam aquilo que estavam fazendo. Jogar para empatar é completamente diferente de jogar com o regulamento debaixo do braço. O empate foi milimétricamente calculado. E é com esse cálculo que chego ao último ponto.

O homem da calculadora esse ano se chama Muricy Ramalho. Não é matemático (graças a Deus), carrega consigo a bagagem de campanhas memoráveis e o aprendizado de derrotas doloridas (como foi a reta de chegada com o Palmeiras, ano passado). Quando Muricy foi contratado e estávamos claudicantes no início do ano, vi um amigo escrever: "toda noite penso em mil coisas para fazer o Fluminense campeão, mas agora lembro que o Muricy está lá, sabe mais do que eu e então relaxo".

O empate de hoje não foi uma perda de dois pontos. Foi a conquista de um.

Tricolíderes, combinem comigo: todos ao Engenhão! Fechado?


Obs: Para quem quiser saber mais sobre o atual dono da camisa 1 tricolor aqui vai o site oficial: http://www.ricardoberna.com.br

Obs 2: para aqueles que quiserem me adicionem no Twitter (@rejamus).


Crédito da foto: Lancenet

 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Um corneteiro, a primeira final e o ídolo chamado Conca





Tricolíderes!

Saudações! Que dias felizes teremos pela frente até mais um final, quarta-feira que vem, contra os colorados do Sul, não?!?!?!

A epopéia desta escriba começa no Trem da Supervia - da mesma forma que a de muitos tricolores, os já entenderam o chamado e decidiram fazer parte da história, ontem foram 15 mil! Repetindo a convocação (apesar de achar envergonhante): Venham!

Chegada tranquila no João Havelange. Cerveja, bolinho de aipim com carne e "vamos subir o caracol". Tudo cheio no quadrado da Legião. Posicionamento estratégico, mais pra esquerda e pro alto!

Mas, como todo sofrimento para tricolor é pouco, topei com o primeiro personagem dessa história: o corneteiro. Não, tricolores! Não pensem que era um corneteiro qualquer. O rapagão, sentando na fileira logo adiante da minha, conseguiu ser a síntese de todos os cornetas deste Brasil de meu Deus! Ainda no 0 X 0, jogo cardíaco, e o sujeitinho debruçado no corrimão da montanha-russa se esgoelava em pessimismo: "Marquinho.......horroroso!!!", "Mariano...enganador...foi fazer o quê na seleção?", "Julio Césarrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, sem sangue, desgraçado!!!", "Washington é muito ruim, muito ruim, muito ruim..." - corta - torcida cantando, se esgoelando de otimismo e amor. E o sujeito? "Muricy.....seu burro!!!! Você tá A-F-U-N-D-A-N-D-O O FLUMINENSE" - corta - GOL DO CONCA! GOLAÇO AÇO AÇO AÇO DO CONCA! Sujeito? Um minuto de silêncio. Agradeci a Deus.

Vem mais um gol. Vitória iminente. Olhei o Corneta. Estava pálido. Suado. Mãos na cabeça (juro). Devia pensar: "será que esse time vai ganhar? Será que o Flu triunfará e na última rodada estará em primeiro? O que farei? Vou me rasgar? Morderei a garrafa Pet? Entortarei uma faca com os dentes?".

O Corneta já ocupou espaço demais. Eu só tinha olhos para um Gigante. Um ídolo, tão ídolo, que me arrisco a dizer - reparem, estou inebriada, e posso não mais achar isso qualquer dia desses) - já é eterno! Conca 10 é tudo que faltava ao Conca 08 e Conca 09. É decisivo, é o goleador das horas em que mais precisamos, é frio como um lord inglês, é quente como um latino portenho raça pura e, óbvio, não pede pra sair. Conca é, hoje, a personificação daquilo que qualquer equipe precisa para ser campeã: LÍDER. Alguém que mesmo no Gol, o ápice, o maior momento do Futebol, o apogeu de uma partida, se esquece da vaidade dos holofotes e aponta para seu atacante. Sim, o atacante dele, do time dele. O nosso time que ele comanda, que ele tem nas mãos e nos pés. Ele chama o dois, o seis, o cinco, um a um, chama todos para que abracem um amigo que está em apuros.

A primeira final, líderes, é nossa!

E pra sintetizar o Conca 10 (dez!) uma frase do maior técnico que eu vi na NBA: "O que une uma equipe é quando um cobre as fraquezas do outro". (Phil Jackson).

Começamos a ganhar o campeonato lá atrás. Mas, hoje, com o gesto do #ConcaIdolo, a equipe fechou. O Fluminense 2010 me conquistou, DEFINITIVAMENTE, hoje! E em seis rodadas (Deus queira que em menos) conquistará o Brasil!

*Ao Corneta: meus sinceros agradecimentos. Você me faz amar MAIS AINDA O MEU CLUBE!

Crédito da foto: Globoesporte.com

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A estrutura ideal no departamento jurídico dos clubes


O termo Gestão Profissional vem sendo repetido aqui e ali em recorrentes conversas, tanto aqui no Netflu como em qualquer outro local onde se discute o futebol. A questão que se coloca é de como deve ser a estrutura ideal de um Departamento Jurídico se a colocarmos no contexto de uma gestão que siga os mais altos padrões profissionais. Ainda mais se tomarmos como peculiares às questões envolvendo o jurídico de um clube de futebol em comparação com os jurídicos das grandes empresas de um modo geral. Isso porque, além de se relacionar com os ramos mais conhecidos da justiça – Comum, Trabalhista, Federal – os clubes devem ter um olhar especial para uma justiça extraordinária, que é a Justiça Desportiva.

Interessante observar que os Departamentos Jurídicos são responsáveis pelas definições dos procedimentos internos, por aprovar ou reprovar contratações de atletas ou outros profissionais, interpretar (corretamente) as mais diversas legislações para os outros departamentos do clube, apresentar pareceres e sugestões sobre os regulamentos dos campeonatos que irão ter início, normas e outros atos promovidos pelas entidades de administração pública e privada, além de atuar in loco nas Justiças Comum, Especial e Desportiva na defesa dos interesses do clube.

Diante desse quadro, de múltiplas e fundamentais ações, urge que um Departamento Jurídico seja bem dividido, com atividades delegadas a profissionais especialistas em áreas chaves.

Vejamos o peculiar caso do Direito Desportivo. Trata-se, por assim dizer, do ramo mais importante de atividade de atuação do Departamento Jurídico de um clube. As demandas na Justiça Desportiva são a maioria dentro das atividades exercidas nos Departamentos Jurídicos. Defesas de jogadores, comissão técnica e outros profissionais em casos como expulsões, punições de outras origens, perdas de mando de campo, casos de doping dentre outros constituem as atribuições inerentes a este ramo do direito. E formam uma gama de atividades que devem ser encaradas quase que diariamente pelos responsáveis.

No campo contratual a atividade especializada aparece sob óticas diversas. Nas relações envolvendo clube e atletas uma boa gestão jurídica é fundamental para que questões como prazo de contrato, contratos de bolsa aprendizagem, valor da cláusula penal, condições de jogo, formas e hipóteses de rescisão ou resilição contratual gerem sempre pontos positivos para os clubes e não o contrário. Vimos que uma gestão ineficiente no departamento jurídico pode fazer o clube deixar de ganhar valores – nos casos dos jogadores vindo das divisões de base e naqueles casos de altetas que rescindem o contrato de trabalho antes do fim – como também pode fazer o clube perder muito dinheiro - nas causas que os atletas, muitas vezes quase anônimos ou que pouco se destacaram no clube, vencem causa de valores vultosos na Justiça do Trabalho.

A questão da especialização dos setores dentro do Departamento Jurídico é tão fundamental que muitos clubes do país se movimentam em busca de uma estrutura jurídica eficiente. É o caso do Internacional de Porto Alegre, por exemplo, que criou um cargo para que um advogado especialista em contratos comerciais e de marketing trabalhe com a finalidade de dar força ao clube na elaboração de vantajosos acordos comerciais.

No Santos, outro bom exemplo, o Departamento Jurídico está dividido em três áreas: Consultiva e de Contratos (que orienta todo o clube com relação a todos os contratos assinados, seja de trabalho ou comerciais), Processual (que acompanha todas as demandas contenciosas do clube) e de Inquéritos e Sindicâncias (que apura as questões necessárias na administração interna do clube).

Portanto, vemos a existência de dois caminhos. Um seria o de ter um Departamento Jurídico com as especializações próprias – advogados especializados nas diversas áreas exercendo suas funções como funcionários do clube. A outra que nos parece interessante, em parte vem sendo praticada pelo Fluminense. Um Departamento Jurídico com uma parte terceirizada (se reportando a Diretoria Jurídico) e outra própria e funcionando dentro do clube. A contratação de um escritório ou advogado especializado em Direito Desportivo para as demandas em que o clube for parte na Justiça Desportiva. É o caso do Dr. Mário Bittencourt, advogado especializado em Direito Desportivo. Tendo ainda, em seu Departamento Jurídico, áreas de atuação nos moldes do Santos, mas não iguais: Contratos de Trabalho (responsável pela confecção, renovação e análise de todos os contratos de trabalho firmados pelo clube), Contratos Comerciais (um especialista nos moldes do profissional contratado pelo Internacional de Porto Alegre), Pareceres e Análises (um profissional que posicione o clube sobre as novas legislações do setor, por exemplo, a Lei da Timemania e a nova Lei de Incentivos ao Desporto) e Questões Internas (profissional responsável pela atualização e cumprimento das regras do Estatuto do clube).

Em parte, nosso clube cumpre esse papel. Temos um ótimo profissional e um ótimo escritório nos defendendo na Justiça Desportiva. Porém, falta um Departamento Jurídico com áreas delimitadas e especializadas. Com três ou quatro profissionais de ponta que trabalhem no clube ou para o clube em áreas estratégicas. Existem Leis e caminhos legais que possibilitam muito lucro ou rombos fenomenais, ter advogados especializados à frente de todas as questões dos clubes é fundamental. No campo jurídico um clube pode ganhar ou perder muito dinheiro. Esperamos que perder dinheiro não seja o caso do Fluminense do futuro. E todos nós, torcedores, devemos estar vigilantes e alertas para que as melhores práticas sejam caminho para todos os objetivos.




sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Assim como no dia 21 de maio de 2008



Todos nós temos canelas, porém as do Washington SteCANELA Cerqueira parecem medir 1 metro de comprimento por 1 metro de largura. A impressão que temos é de que todas as bolas chutadas, passadas e até mesmo cabeceadas por ele são executadas através dessa parte do corpo que fica logo acima do pé.

Apresentar, assim, a esperança de gols da torcida tricolor para os próximos jogos do campeonato não parece ser correto. Vão achar que também faço parte da campanha "VAMOS DEPRIMIR UM TRICOLOR", somando-se este post a todas essas notícias depressivas que saíram sobre o Fluminense nos últimos dias.

Mas, esquecendo essa campanha boboca que está aí para deprimir o nosso torcedor, voltemos ao tema do post: nosso artilheiro das Canelas Valentes. Um sujeito por demais contraditório. Nascido para não jogar futebol, em Brasília, no dia 1 de Abril de 1975 (isso mesmo, no dia da MENTIRA), diabético, cardiopata, grandalhão, desengonçado e caneludo desde moleque Washington trilhou, até aqui, um caminho porque não dizer (?) – brilhante!

Ídolo e artilheiro em praticamente todos os clubes por onde passou o dono da camisa 99 (e talvez único), vive atualmente um segundo tempo na sua relação com o Fluminense. Em 2008 fez gols mais do que decisivos. Um deles ganhou o status de antológico. Sua cabeçada na partida contra o São Paulo no dia 21 de Maio de 2008 cicatrizou algumas feridas que todos nós tinhamos, aquela cabeçada nos curou de muita coisa.

Washington não é um exímio finalizador (afinal, quantos foram os finalizadores indiscutíveis que nós vimos jogar?) mas cabeceia muito bem. Não é um passador nato mas faz, com certa precisão, o trabalho de pivô. Podemos defini-lo como um bom jogador. Ocorre que, para jogar na seleção da nossa vida, o Fluminense, exigimos que o jogador não seja apenas bom. Acontece que a normalidade de Washington é aparente. O quê diferencia esse atleta nascido em Brasília é a sua vontade. Ele não tem apenas gana de marcar gols. Ele tem vontade de viver. Joga todas, corre em todas, tenta todas. Talvez seu pecado seja a não omissão. Muitas vezes tenta coisas que não estão no seu scrpit em campo. Mas tenta, porque quer muito. Quer tanto quanto nós.

Em 2009 Wash foi para o São Paulo, não para ganhar mais (o que seria normal) mas, segundo ele, para ser campeão. Sempre soubemos que ele estava redondamente enganado. Então, no meio deste ano, o Coração Valente voltou para jogar o seu segundo tempo pelo tricolor.

O quê traz esse segundo Washington para marcar nossas vidas? A vontade de ser campeão, quase que misturada ao próprio ar que respira. Em solo brasileiro, é certo que será a última chance desse artilheiro que desafiou o destino para ele traçado.

A partir de domingo e, provavelmente, durante os 8 jogos que faltam para o triunfo maior do tricolor, Washington Cerqueira terá a chance de curar mais algumas de nossas feridas, assim como naquele jogo contra o São Paulo em 2008.
Ouviu, Washington? Assim como, naquele dia 22 de Maio de 2008...

#dica = pro pessoal que é, como eu, aficcionado por futebol indico os vídeos de análises da rodada do Brasileirão 2010 produzidos pelos CORNETEIROS. Para ver o da última rodada basta clicar neste link http://www.youtube.com/watch?v=xaTKROe-UQU .

 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A bipolaridade tricolor


Talvez sejam poucos que pensem como eu. Mas, vamos lá! Alguns números podem oferecer um impacto maior para todos. Lá se vão 30 rodadas neste Brasileirão 2010! Chegamos na reta final. Nós, tricolores, continuamos na briga, a despeito de todas as “decisões” perdidas e conquistadas. Nada mudou, continuamos disputando o título do campeonato (que coisa!) .

Estamos entre os TRÊS PRIMEIROS desde a quinta rodada. Fomos a equipe que mais liderou. Temos a melhor relação custo-benefício entre a defesa e o ataque, ou seja, nosso SALDO DE GOLS é o melhor da competição (18 gols pró, 4 gols a mais do que o Corinthians, terceiro colocado, e 6 gols a mais que o Cruzeiro, o “líder que tropeça com sorte” na visão do globoesporte.com). Querem mais? Eu dou: Conca, o Darío Leonardo, é o jogador que mais executou assistências pra gol neste campeonato. Mariano e Carlinhos formam uma dupla de laterais que se não é a melhor do país, está entre as três melhores. Ahh, ia me esquecendo, somos o time que mais venceu, juntamente com o líder que tropeça com sorte – Cruzeiro.

Eu pergunto: existe outra equipe com as mesmas credencias que a nossa? O Cruzeiro tem Montillo? E mais quem? O Corinthians? Nem a arbitragem eles têm mais. Nós ainda temos um trunfo: Muricy Ramalho. Fico atônita quando vejo a ousadia de alguns torcedores que reclamam do nosso treinador. O cara é tri-campeão brasileiro, na sequência! Alguma coisa ele sabe. Um pode ser sorte, afinal Celso Roth foi campeão da Libertadores e o nosso churrasqueiro Renato da Copa do Brasil. Mas três títulos! É trabalho!

Diante desses fatos, e não do meu achômetro, fico sem entender porque a cada jogo que empatamos ou perdemos surgem zilhões e zilhões de tricolores apocalípticos, temerosos, achando que 2012 é logo ali. O fim está próximo. Empatamos com o Botafogo! O quê acharam os torcedores de Corinthians e Cruzeiro quando os times deles também empataram com o mesmo Botafogo?

Não sou muito chegada a análises psicológicas de grupos de massa. Talvez por isso tenha escolhido ser advogada e não psicóloga. Mas, gostaria de ouvir algum profissional que me explique que raio de bipolaridade é essa que afeta nossa torcida em 2010.

Só pode ser “encosto” (é mais fácil apelar para explicações do além). Demos tanto show ano passado que o peso veio forte esse ano. Estamos letárgicos, sem ânimo, esquecendo que a função do torcedor é apoiar, ir ao estádio. Assim como fizemos ano passado, quando a situação era inversamente proporcional. Não podemos entrar em campo, mas podemos nos fazer ouvir. Imagina se ao invés de 10 mil o Engenhão fosse invadido por 30 mil tricolores contra o Botafogo? Impossível essa quantidade de gente não dar um gás extra aos jogadores. Exigimos deles a garra que não estamos tendo.

Tricolores, a nossa angústia não pode se transformar em medo. Vamos nos entregar. Vamos curtir esse momento. Estamos disputando o título nacional, ora bolas! Perder ou ganhar pouco importa. Temos que fazer parte do caminho. Quando ganhamos não saboreamos a vitória, já começamos a fazer mil combinações, previsões e sacramentos “de nada adianta essa vitória se semana que vem não ganharmos de novo”. Sejamos um pouco mais torcedores e um pouco menos pragmáticos, afinal pragmatismo não combina com o Fluminense. Não esqueçam: somos o time do Impossível.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A alma do Fluminense


“O grande Arnaldo Guinle pensava em seu Fluminense antes de tudo – fez crescer o estádio, a sede, o número de sócios – mas pensava também no macro, na disputa, no desenvolvimento do esporte como um todo. NOVAMENTE O ESPÍRITO DE VANGUARDA ENRAIZADO NO FLUMINENSE FAZIA O FUTEBOL EVOLUIR. GUINLE FOI UM DOS LIDERES DO PROFISSIONALISMO NO RIO DE JANEIRO”.

Esse é o trecho de uma matéria que foi publicada em uma Revista comemorativa do Lance em 2005. Não costumo ler e me interessar pelo que grande parte da imprensa comum escreve sobre o Fluminense. Chamo de imprensa comum esse tipo de segmento que não se aprofunda, que não busca os dois lados da história, que não tem compromisso com a verdade. Aqueles que gostam de vaticinar e criar estereótipos. Como o quê fez do Fluminense o clube dos ricos, da elite, para alguns um clube até certo ponto preconceituoso. De fato, praticamente a maioria dos clubes nascidos no Rio de Janeiro no século passado era de elite, inclusive os ditos populares, como o Clube das Regatas que traja vermelho e preto (em reta final de campeonato não dá muita sorte falar esse nome por aqui). Mas, sem dúvida alguma, o fato de ser ou não de elite nem de longe é o traço essencial do Fluminense.

A afirmação em negrito traz uma interessante mensagem, que hoje pode ser encarada com algo subliminar. É possível que Arnaldo Guinle tenha tentado uma forma de se comunicar com aqueles que dirigem o clube, através das linhas escritas na dita revista. As características presentes na fundação do Fluminense e que fazem parte do seu DNA estão presentes: A Vanguarda, O Pioneirismo, O “estar à frente do seu tempo”.

Diante de tão bela história, de tantos nomes que tinham a esportividade no sangue, que não temiam o novo e que avançavam sempre, me pergunto: sobrou alguma coisa desse “antigo novo” Fluminense? É triste e dolorido ver uma Instituição perder ou se afastar tanto da matéria prima que a compõe. Tricolores, o Fluminense não é feito de viradas de mesa, de penhoras, de comportamentos dúbios. O Fluminense Football Club é feito do espírito empreendedor, aguerrido, criativo que fez entre outras coisas um estádio totalmente privado – uma pura e simples obra de Vanguarda e Pioneirismo.

A pergunta volta: sobrou alguma coisa desse “antigo novo” Fluminense? Sim! Sobrou! Somos nós. Nós que fizemos as mais belas festas já vistas pelo Maracanã. Nós que fomos ao fundo do poço (travestido de terceira divisão) e nos levantamos com a pele curtida pela humilhação, jurando e declarando aos quatro ventos que não passariamos por isso de novo. Nós que fizemos os etimologistas aprenderem uma nova origem para a palavra Impossível (“diz-se daquilo que o Fluminense Football Club fez no Campeonato Brasileiro de 2009”).

Chegou a hora! Tão esperada por uma geração inteira! O desfecho se torna mero detalhe quando o mais importante é o caminho! Vamos escolher caminhar juntos...nós e o Fluminense! Não importa quem está lá agora, não importa se esse ou aquele não merece nosso apoio. Quem nos chama é o Fluminense. Aquele dos jovens pioneiros, da fidalguia, que brilha à luz do refletor. Nós, que somos a alma desse velho e ultrapassado clube, somos, também, o legado mais importante deixado por Arnaldo Guinle e seus amigos. Precisamos reencontrar o nosso corpo mais bonito. O Fluminense Campeão.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tô chegando...


Olá, tricolores!

Foi com alegria que recebi o convite para blogar aqui no NETFLU. Como sou uma fanática pelo Fluminense é maravilhoso ter um canto para desabafar os tropeços e partilhar as alegrias. Sofremos da mesma boa doença: somos apaixonados pelo tricolor.

Paixão essa que nos consome horas e horas diante do computador, em viagens para acompanhar o time ou mesmo nas idas e vindas dos dias de jogo. Mas são horas muito bem gastas.

Pretendo expor no blog minhas opiniões sobre partidas específicas, ideias que tenho sobre o futuro do clube, críticas fundamentadas aos que estão comandando nossa grande paixão (quando eles as merecerem), elogios ao que dá certo (e espero que neste final de ano SEJAM MUITOS), enfim, pretendo escrever muito sobre o Fluminense. Nosso grande amante, com quem dividimos, porque não dizer, os melhores momentos das nossas vidas.

Para que vocês tenham ciência do grande pedaço que este clube ocupa na minha vida só preciso dizer que na minha família ou você nasce tricolor ou é melhor nem nascer. Foi isso que minha avó falou para o genro dela (meu pai), antes do meu nascimento, quando ele brincou dizendo que estava vindo aí "mais uma torcedora do flamengo" (o time das regatas, time para o qual meu pai torcia com o fervor murcho, típico dos "remadores"). Nasci, com muita saúde e com o sangue tricolor correndo nas veias.

Saudações Tricolores!